Hoje
trouxe uma entrevista com meu amigo e escritor Davi Paiva. Essa é a primeira
postagem de uma coluna que terá no blog, ainda não sei se será quinzenal. Mas
tenho certeza de que pelo menos uma vez no mês aparecerá algumas dicas e quem
sabe até textos de autores brasileiros.
Conheci
o Davi através da antologia Quimera, na qual fomos coautores. Ele se mostrou
uma pessoa muito participativa nas redes sociais e isso estreitou nossos laços. Quero agradecer por ter aceitado fazer a entrevista.
1 – De onde vem sua
inspiração para escrever? Costuma anotar todas as ideias ou deixa pra depois?
Procuro tirar as ideias de todas as fontes possíveis.
Livros, jogos, filmes, desenhos, etc. Às vezes peço opiniões de pessoas
próximas, porém sou sempre eu que dou o martelo final. E sim, procuro sempre
andar com papel e caneta. Por sorte o meu celular tem bloco de notas e gravador
que ajudam bastante. Mas nunca se sabe quando uma folha é útil.
2 – Como surgiu essa vontade
de ser escritor? Já escreve há muito tempo? Quanto tempo gasta por dia
escrevendo?
A vontade surgiu pelo fato de que quando eu era
adolescente, queria ser desenhista de quadrinhos. Só que eu não arrumava equipe
e decidi que como era bom nas redações escolares, eu ia escrever as histórias
que originalmente seriam desenhadas. Só que em 2007 encarei um monte de
problemas pessoais e num ápice de desespero em querer descarregar tudo aquilo
que eu sentia, comprei um caderno capa dura e comecei a escrever um livro. Até
hoje guardo este caderno como recordação. Nele, está meu romance Coração de Fogo vol. I.
Como nunca parei de escrever, estou há 6 anos na luta. Só
que meu tempo pra escrever é relativo. Eu não sou muito do tipo que crê em
ápices de momento de inspiração nem consigo sentar na frente do computador e
criar um conto do zero. Se eu somar os tempos de leituras, elaboração da
sinopse dos meus textos, trabalho da ideia, escrita e revisão... creio que
terei umas 4h ou 6h. Só que ela vai no meu decorrer do dia. Não dizem que uma
pessoa adulta tem que beber 2 litros de água por dia? Ninguém anda com uma
garrafa pet do lado. Ela consome isto aos poucos. Pra mim, escrever é a mesma
coisa.
3 - Ultimamente estamos vendo
alguns movimentos a favor da literatura nacional. Acredita que hoje esta mais
fácil publicar um livro?
Sim e não. Digo que sim porque com a expansão do mercado
capitalista, as pessoas consomem mais e mais editoras surgem no mercado
precisando de sangue novo para criar a sua marca. Sei que algumas editoras
publicam clássicos para não pagar os direitos autorais, só que é complicado um
empresário que é o editor ignorar um blogueiro da vida que tem muitos fãs lendo
a sua obra num blogspot ou wordpress da vida. Muitos cometem o erro
crasso de achar que a internet põe fim ao texto impresso. Só que ainda não
chegamos no tempo em que todo mundo tem um tablet
pra ler no trem. Ainda somos uma geração que folheia, rabisca, e lê coisas em
papel. E digo que não porque da mesma forma como este mercado busca expansão, o
editor é uma pessoa que quer lucro. Então não adianta chamar o cara de
antipatriota por ele não querer publicar o seu livro por você ser novo ou
brasileiro. Quer ter um nome no mercado literário? Coma pelas bordas e quando
chegar numa Intrínseca da vida, eles verão que você tem mais de 30
participações em antologias e artigos em sites importantes. Pelo menos eu
espero que seja assim comigo (risos).
4 – Quais seus projetos
atuais? Vi que você escreve mini contos, pode falar um pouco mais sobre eles?
Os meus próximos projetos são participar de todos os
concursos que eu ver. Não tenho metas de ser invicto ou coisa do tipo. É mais
ou menos o que o Rocky Balboa faz no último filme da série: só quero lutar com
todas as minhas forças e ver no que dá. Para tanto, estou procurando diversos
autores clássicos e novos para fazer leituras em diversos temas e poder
escrever em outros gêneros também. Não quero ser um escritor que só fica
conhecido por um tipo de trabalho. O meu grande ídolo Pedro Bandeira criou um
tipo de herói em As Sete Faces do Herói e escreveu terror em As Sete Faces do
Terror. Isto pra mim é um sinal de versatilidade sem perder a sua marca, que no
caso da dele, são que todos estes contos apesar de serem distintos, eram do
gênero infanto juvenil. Todavia tenho muitas ideias para escrever outros
romances (a série Coração de Fogo já está pronta e procuro editora para
publicá-la. Enquanto não sai, publico um capítulo por semana na minha página no
Recanto das Letras), além de crônicas e contos.
E falando em contos, vamos falar dos mini contos (risos).
A ideia surgiu depois que eu vi o trabalho do Edson Rossatto (editor da
Andross) no facebook. Achei legal escrever de uma forma tão curta e pensei
“quer saber? Vou fazer o mesmo” e quando aprendi a ver a quantidade de
caracteres no Word com uns colegas do meu emprego na época (pra quem ler esta
entrevista, saibam que nunca fiz curso de informática) eu até disse a ele que
eu ia escrever em exatos cem toques (esta é a marca registrada dele). Ele até
me advertiu que padrões limitam um autor e que eu pensei bem e vi que esta era
a marca dele. Logo, penei um pouco pra pensar na minha. Os meus mini contos são
engraçados, críticos ou polêmicos e variam de tamanho. No máximo uso ate 127
caracteres porque dou espaço e uso uma hastag “#tweetcontos”. Gosto deste
padrão porque até hoje não me sinto violentamente preso a ele. No espaço que
sobra consigo me virar bem e até hoje só tive uma reclamação porque um mini
conto falava mal do time de uma seguidora (risos).
5 – Deixe um recado para
aqueles que apreciam escrever.
Se você gosta mesmo de escrever, tenha coragem de expor.
Às vezes uma opinião de um amigo ajuda. Só tome cuidado porque os círculos de
amizades nem sempre permitem que uma pessoa aponte um defeito no seu texto.
Estude a teoria literária mesmo que você não seja estudante de Letras e se não
sabe por onde começar, as rede sociais estão aí pra isto (eu mesmo já tirei
várias dúvidas com o povo por aí). Tenha paciência na hora de ouvir, elaborar e
ver os resultados de sua divulgação. Aceite que as pessoas nem sempre estão
dispostas a gostar do seu trabalho e você não precisa ser um artista que crê
que a energia cósmica do universo irá ressoar em seu coração pra você traduzir
em palavras aquilo que a sua alma ruge... (risos) só escreva e seja feliz,
lembrando de ser um pouco flexível para publicações.
Amo entrevistas e está ficou ótima! Não conhecia o autor, mas torço muito para que ele publique seus livros! A literatura nacional melhorou muito, mas muita coisa ainda tem que evoluir... Beijos,
Também conheço o Davi e torço muito pelo trabalho dele. Acho que o caminho é esse mesmo que ele mencionou. Ou seja, muito trabalho árduo para todos nós, escritores!
Oie querida, tudo bem ? Espero que tenha gostado do meu cantinho. E pode deixar que eu me tornarei uma de suas seguidoras também. Obrigada por ter passado aqui para me visitar e se vc quiser fazer o meme fique a vontade para pegar e passar para outros Blogs tá ?
É uma honra te receber em meu blog. Irei te linkar e espero que possamos ser muito amigas também. beijinhos
Olá! Meu nome é Líbia, tenho vinte e poucos anos e adoro comentar sobre as aleatoriedades da vida. Em 2012 criei o Descobri nas entrelinhas e aqui falo um pouco sobre quase tudo.
Amo entrevistas e está ficou ótima! Não conhecia o autor, mas torço muito para que ele publique seus livros!
ResponderExcluirA literatura nacional melhorou muito, mas muita coisa ainda tem que evoluir...
Beijos,
Letícia
www.odomdaescrita.blogspot.com
Também conheço o Davi e torço muito pelo trabalho dele. Acho que o caminho é esse mesmo que ele mencionou. Ou seja, muito trabalho árduo para todos nós, escritores!
ResponderExcluirOie querida, tudo bem ?
ResponderExcluirEspero que tenha gostado do meu cantinho.
E pode deixar que eu me tornarei uma de suas seguidoras também.
Obrigada por ter passado aqui para me visitar e se vc quiser fazer o meme fique a vontade para pegar e passar para outros Blogs tá ?
É uma honra te receber em meu blog. Irei te linkar e espero que possamos ser muito amigas também. beijinhos
lovereadmybooks.blogspot.com.br